A atual conjuntura política e econômica do Brasil aliada à retomada do crescimento do setor imobiliário nos Estados Unidos está atraindo os investidores brasileiros, e a cotação do dólar não é um vilão neste caso.

Pesquisa recente do Ibope apontou que 48% da população, de todos os segmentos sociais, está pessimista ou muito pessimista em relação ao futuro do País. A falta de perspectiva é apontada como a principal razão. E aonde ir atrás de um futuro promissor, com garantia de qualidade de vida?

Após a crise de 2008, que afetou diretamente o mercado imobiliário norte-americano, o segmento Real Estate aparece com uma das opções para quem quer diversificar seus investimentos, pois está passando da recuperação para a valorização e com fôlego para os próximos três anos, no mínimo.

“Aliado a isso a economia norte-americana tem feito seu dever de casa e superando as expectativas internas e externas. O princípio da diversificação de investimentos prevalece como forte argumentação, porém a facilidade e a gama de oportunidades para diferentes gostos e bolsos ratificam a indicação por este investimento”, explica Daniel Rosenthal, idealizador e diretor do Investir USA Expo, maior evento do segmento que reúne incorporadoras, imobiliárias americanas, serviços jurídicos e investidores.

De acordo com dados da Miami Association for Realtors (dez-2014), o Brasil aparece em 3º lugar no ranking de países que mais buscam imóveis nos EUA. Dados de janeiro de 2015, da Omniture Discover, apontam Miami como o terceiro destino mais procurado por estrangeiros, seguido de Orlando e Ft. Lauderdale, todos na Flórida. Os primeiros lugares são ocupados por Nova Iorque e Los Angeles, respectivamente.

Segundo pesquisa da Chief Executive Magazine, que ouviu 500 CEOs, a Flórida aparece como segunda colocada no “Melhor Estado para Negócios” e no primeiro lugar como ambiente para viver. Com várias indústrias em expansão, a tecnologia está sendo um fator importante para o crescimento do Estado.

Em Miami, as atenções se voltam para o lugar que está se tornando um grande centro internacional de negócios e recebido investimentos em infraestrutura, como o trem que ligará Miami a Orlando, um centro de convenções amplo e moderno e novos bairros residenciais e culturais.

Para muitos, a alta cotação do dólar assusta, mas para Rosenthal é preciso pensar em dólar para ter bons retornos em dólar, e não se prender ao câmbio. “Quem disse que o dólar está alto, qual é a referência? Se pegarmos o câmbio quando estava na faixa de R$ 2,00 está mais alto, mas em 2002 passou de R$ 4,00. Quem já comprou com o dólar a R$ 2,00, parabéns! Já ganhou, mas temos que pensar daqui pra frente”, disse Rosenthal.