O nível de emprego na construção civil brasileira registrou queda de 1,29% em julho na comparação com o mês anterior, desconsiderando os fatores sazonais. Essa é a 17ª queda mensal consecutiva, , com o corte de 486,6 mil vagas. Considerando a sazonalidade, o indicador caiu 0,87% na mesma base de comparação.


Em 12 meses, em números absolutos houve redução de 414,1 mil postos de trabalho, com retração de 11,67%. Os dados são da pesquisa de emprego realizada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), com base em informações do Ministério do Trabalho e do Emprego.

Com o resultado, a quantidade de trabalhadores com carteira no setor ao final de julho era de 3,134 milhões. De janeiro a julho de 2015 foram cortados 184,6 mil empregos na construção brasileira em relação a dezembro de 2014.

“Os dados são extremamente preocupantes, ainda mais no momento em que o governo sinaliza que elevará impostos. Isso será prejudicial à economia e à construção, alimentando o desemprego e a queda da renda. Ao contrário, o governo deveria adotar uma postura favorável à reativação econômica, colocando em dia os atrasos de pagamentos do PAC e do Programa Minha Casa, Minha Vida, agilizando concessões e estimulando o crédito”, afirma José Romeu Ferraz Neto, presidente do SindusCon-SP.

No período, a retração na atividade atingiu todos os segmentos, mas em termos absolutos, os segmentos de imobiliário, com queda de 14,06%, e de infraestrutura, com retração de 15,24%, foram os que mais demitiram nos últimos 12 meses. O indicador de preparação de terreno surge na sequência, com declínio de 10,62%. O movimento tem sido observado em quase todos os estados, a exceção do Ceará.

Vale ressaltar que o corte de investimentos promovido pelo governo, visando a retomada da economia, tem aprofundado a retração da atividade e não permite vislumbrar retomada em um horizonte próximo.

Estado de São Paulo – Em relação a julho de 2014, o emprego com carteira caiu 8,2%, e no acumulado do ano, 6,72%. Na comparação com o mesmo período do ano anterior houve redução de 73 mil vagas. Em relação a junho, o nível de emprego no estado recuou, descontada a sazonalidade, 0,73%, com o estoque de 813,8 mil trabalhadores.