Nível de emprego no setor recuou pela 18ª vez consecutiva em agosto, com o encerramento de 29,8 mil vagas

O nível de emprego na construção civil brasileira recuou 1,55% em agosto na comparação com o mês anterior, representando a 18ª queda consecutiva do indicador, de acordo com pesquisa divulgada nesta terça-feira (6) pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), com base em dados do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE).

O número de trabalhadores demitidos na construção soma 29,8 mil em agosto e 446,9 mil nos últimos 12 meses. Com base nos resultados, o SindusCon-SP projeta o corte de 535 mil postos no setor em 2015, queda de 11% em relação ao mesmo período de 2014.

O segmento imobiliário foi o que teve a maior retração, de 2,14%, seguido por Preparação de Terreno (-1,76%), Serviços de Engenharia (-1,34%) e Incorporação de Imóveis (-1,32%).

A região com maior número de fechamento de vagas no oitavo mês do ano foi a Sudeste, com menos 13.500 postos de trabalho, seguida pela Nordeste (-8.896); Norte (-2.882); Sul (-2.873); e Centro-Oeste (-1.650).

Para o presidente da entidade, José Romeu Ferraz Neto, "por falta de perspectivas, a indústria da construção está descendo ladeira abaixo e desempregando, o que é péssimo para o País. Enquanto não houver horizonte para a superação da crise, o governo deveria ao menos colocar em dia os pagamentos do Programa de Aceleração do crescimento (PAC) e do Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), evitar novas elevações de tributos como a que está sendo preparada com o PIS/Cofins e seguir desarmando as pautas-bomba que oneram irresponsavelmente as contas públicas".

Estado de São Paulo

O nível de emprego no Estado caiu 0,76% em agosto, desacelerando em relação à queda observada em julho, de 0,95%. No acumulado ano, a redução do número de empregados no estado foi de 6,94% em relação ao mesmo período de 2014, sendo que a área de infraestrutura responde pelo pior desempenho (-9,90%).