Em junho, quando foram fechadas mais de 30 mil vagas, setor empregava 3,161 milhões de pessoas

O nível de emprego na construção civil brasileira registrou queda de 8,8% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2014. Em junho, o recuo foi de 1,04% na comparação com o mês anterior e de 10,82% quando comparado ao mesmo mês do ano passado. Os dados são da pesquisa elaborada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), com informações do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE).

No acumulado dos últimos 12 meses encerrados em junho, a construção civil perdeu 383,8 mil postos de trabalho, representando dois terços do total de 601 mil vagas fechadas no País. Em junho de 2014, eram empregadas 3.545.215 pessoas com carteira assinada contra 3.161.455 empregados em junho deste ano.

Para o presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto, "o aprofundamento do saldo negativo entre contratações e demissões precisa urgentemente ser revertido. Com a revisão da meta do superávit primário pelo governo, esperamos que agora sejam agilizadas as medidas de reativação dos investimentos, tais como o lançamento da fase 3 do Programa Minha Casa, Minha Vida, o Programa de Infraestrutura Logística e as Parcerias Público-Privadas, além de concessões de serviços estaduais e municipais".

Estado de São Paulo

A construção civil paulista perdeu 66,7 mil vagas no primeiro semestre em relação ao mesmo período do ano passado. Em junho, o nível de emprego com carteira assinada caiu 7,5% em relação a maio e, no acumulado do ano, a queda foi de 6,48%. O setor emprega atualmente no Estado 819,8 mil trabalhadores.