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Francisco Maximiano Junqueira

Rua General Osório
- Ribeirão Preto

A trajetória de vida de Francisco Maximiano Junqueira (o Coronel Quito), e de sua esposa Theolina de Andrade (Dona Sinhá), tem início no remoto século XVIII, com a então descoberta de minas de ouro na região central do Brasil. Tal descoberta atraiu para a Colônia, imigrantes de várias regiões do globo, a maioria proveniente de Portugal.

Foi nesse período, que por aqui aportou o português João Francisco Junqueira, oriundo da região campesina do Minho, no Arcebispado de Braga, batizado em 1.727, na pequena aldeia de São Simão da Junqueira, filho de João Manuel e Ana Francisca, casal de origem burguesa e cristã.

O jovem Português estabeleceu-se na Capitania de Minas Gerais, mais precisamente na Comarca do Rio das Mortes, na vila de São João Del Rei. Nesta época, referida comarca era a maior produtora de grãos, hortaliças e frutos nacionais, servindo tanto a Corte no Rio de Janeiro, quanto às regiões de extração de minério.

João Francisco Junqueira casou-se no ano de 1.758, com Helena Maria do Espírito Santo, da união geraram-se doze filhos, após uma vida inteira de trabalho no campo, o português veio a comprar uma propriedade agrícola alcançando assim, confortável situação financeira. Faleceu e foi sepultado em 1.819, em São Tomé das Letras. Tem-se aqui, o inicio da árvore genealógica da família Junqueira.

MIGRAÇÃO PARA O NORDESTE PAULISTA

Com o declínio da mineração na região das Gerais, iniciou-se fluxo migratório em busca de novas terras para plantio e criação de gado, principalmente, por pessoas que antes residiam na Comarca de Rio das Mortes. Estes mineiros vieram atraídos pela Estrada dos Goyases (estrada essa que ligava a Capitania de São Paulo às regiões de Goiás e Mato Grosso). Os povoadores do sertão do nordeste paulista eram precipuamente criadores e agricultores.

Trouxeram consigo o rebanho, a experiência de preparo com a terra, e principalmente um bom capital, fruto de trabalho árduo na região da Comarca de Rio das Mortes. A estrada dos Goyases com suas possibilidades de comércio e os cerrados com sua facilidade de circulação e preparação dos pastos, auxiliados por um clima brando, foram decisivos para o estabelecimento dos migrantes mineiros, destacando-se dentre eles os Junqueira, em terras paulista. Os primeiros relatos de Junqueira a migrarem para essa região são datados do ano de 1820, quando o Cel. João Pedro Diniz Junqueira comprou uma sesmaria no ribeirão Batatais.

SOLAR DO LAGEADO

O avô do “Cel. Quito”, Sr. Luiz Antonio de Souza Diniz, sua esposa Ana Claudina Diniz Junqueira (neta de João Francisco Junqueira) e seus sete filhos, saíram da região da Comarca de Rio das Mortes e fixaram-se na freguesia de São Simão (município de Casa Branca – São Paulo). O Sr. Luiz Antonio de Souza Diniz em sociedade com seu cunhado, Joaquim Costa Monteiro (latifundiário, descendente do bandeirante Domingos Monteiro), adquiriram de Bernardo Avelino de Gavião Peixoto as sesmarias do Lageado, de Guatapará, do Sucuri e do Sertãozinho, cujas terras totalizavam aproximadamente 78.000 alqueires, sendo chamada então de Solar do lageado.

O Tenente Cel. Francisco Maximiano Diniz Junqueira, pai do “Cel. Quito” foi o terceiro filho do casal Luiz Antonio de Souza Diniz e Ana Claudina D. Junqueira. Casou-se com Mariana Constança de Andrade Junqueira, esta sua prima em segundo grau (sendo costume da Família Junqueira organizar casamentos dentro da própria família, evitando assim, a dilapidação do patrimônio que a muito vinha sendo constituído). Aos moldes de seus pais e avós o Ten. Cel. dedicou-se às atividades criatórias e ao plantio de algumas culturas. Após a morte do pai, tornou-se sócio do Solar Lageado ao lado da mãe e irmãos, vindo a falecer no ano de 1870 na cidade de Jundiaí. Vítima de febre amarela.

“CEL. QUITO”, O EMPREENDEDOR E O CICLO DO CAFÉ

Francisco Maximiano Junqueira, o “Cel. Quito”, recebeu ainda menino, após a morte do pai uma considerável herança, constituída por terras situadas na fazenda do Lageado, no município de Ribeirão Preto, animais e uma quantia em dinheiro. Nesse período, segunda metade do século XIX, houve uma mudança no cenário agrícola nacional com a introdução do café. A região de Ribeirão Preto tornar-se-ia conhecida como o “Eldorado do Café” sendo a maior produtora do grão no mundo, vindo a produzir um terço de todo o café consumido.

Cel. Quito iniciou-se então, na atividade de produção do grão, enriquecendo-se graças ao patrimônio que herdara e também a sua capacidade de gerir os negócios próprios. Casou-se no ano de 1891, com sua prima Theolina Zemilla de Andrade, na cidade de Franca. O casal fixou residência em Ribeirão Preto na Fazenda da Serra. O casal levava uma vida modesta com muito trabalho e muita economia onde, “Dona Sinhá”, dedicava-se pessoalmente às tarefas caseiras, cozinhando para a turma de camaradas que na fazenda trabalhavam.

“CEL. QUITO” - ADMINISTRAÇÃO DOS NEGÓCIOS, AQUISIÇÃO DE TERRAS, CONSTITUIÇÃO E FALÊNCIA DA JUNQUEIRA CIA. EXPORTADORA

As receitas do casal não vinham apenas de suas fazendas, mas também de empréstimos a juros a outros fazendeiros. Estas transações financeiras sob hipoteca eram perfeitamente legais e morais à época, pois, não havia então, no interior disponibilidade de casas bancárias. O Coronel iniciou então, grande concentração de terras, que eram utilizadas para o plantio de café.

No ano de 1902, com o intuito de facilitar o desembaraço nas operações de exportação de café, foi instituída pelos então: Dr. Frederico Junqueira, Mário da Silva Junqueira, Francisco Maximiano Junqueira (Cel. Quito), Manoel Gustavino de Andrade Junqueira, Adolfo Arantes Marques e Dr. Altino Arantes Marques, a Sociedade Comercial de Comandita Simples – Junqueira Cia. Exportadora, com sede na cidade de Santos.

Tinha como objetivo o negócio de comissões de café e outros gêneros do país na praça de Santos. A casa operava anualmente com 150.000 a 200.000 sacas, adiantava capital aos fazendeiros, dentre outras atividades. A gerência ficou a cargo do Sr. Frederico Junqueira. Porém, os bons tempos da atividade cafeicultora acabaram, logo no início do século XX, a casa exportadora dos Junqueira sofreu junto aos demais duro golpe, com o excesso de produção do grão e a não absorção do mesmo pelos mercados (tanto interno quanto externo), não conseguindo se recuperar. Tendo sua falência decretada no ano de 1913.

“CEL. QUITO” - ENGENHO CENTRAL, USINAS JUNQUEIRA, MORTE DO EMPREENDEDOR E REPERCUSSÃO NA MÍDIA

Com a falência da Sociedade de Comandita, o Sr. Frederico Junqueira, então gerente da massa falida, enfrentou enormes dificuldades financeiras, o que o levou, para saldar seus débitos com o Banco de São Paulo e outros credores, a vender ao “Cel. Quito” sua parte na Fazenda União e no Engenho Central, localizados no município de Igarapava. A partir de então o Cel. Quito tornou-se o único proprietário daquela empresa, que anos mais tarde, em conjunto com suas habilidades de administração e gestão de negócios, o tornaria conhecido como o maior usineiro das Américas.

“Cel. Quito” vendo que a cafeicultura não se tornara tão atraente a investimentos, e percebendo que a região do Triângulo Mineiro e Goiás eram tributárias do açúcar do Nordeste, que ali chegava a um enorme preço devido à distância de onde era produzido. Resolve, no ano de 1912, investir pesado nas instalações do Engenho Central transformando-o em uma Usina de Açúcar e Álcool, as Usinas Junqueira.

Inicia então, nova aquisição de terras nas imediações da usina e a formação de canavial para alimentar a mesma. Aliando administração competente, muito trabalho, contenção de gastos, pesados investimentos e desejo de crescer, a nova usina em pouco tempo, se tornou a maior produtora de derivados da cana-de-açúcar do mundo.

Cel. Quito veio a falecer em Ribeirão Preto em 19 de novembro de 1938, aos 71 anos vítima de bronco-pneumonia e hipertrofia do coração. Sua morte foi comentada pela imprensa interiorana e da capital, onde também possuía residência. Todos os jornais fizeram menção a seu espírito empreendedor e visionário que transformou uma até então, desconhecida região de União (hoje município de Igarapava), na sede do maior empreendimento agroindustrial das Américas. (CORREIO PAULISTANO “... espírito empreendedor e incansável era agricultor e industrial de grande visão...”). (FOLHA DA MANHÃ “... faleceu, depois de prolongados padecimentos o conhecido cidadão e maior produtor de açúcar da América do Sul, o Cel.Francisco Maximiano Junqueira. Dedicou toda a sua existência aos trabalhos da lavoura. Às margens do Rio Grande, em União, estabeleceu a maior usina da América do Sul”).

Fonte: /www.sinhajunqueira.org.br

 


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